Pretty Guardian

uma introdução ao Live Action

Um novo olhar sobre uma velha história

Enquanto era exibida e publicada, Bishoujo Senshi Sailor Moon alcançou um enorme sucesso no Japão e ao redor do mundo. Com o seu fim em 1997, nada mais foi lançado para dar continuidade ao mangá e ao anime. Em 2002, a série completaria 10 anos e todos esperavam por novidades. Para a nossa sorte, a perseverança venceu! Nessa época, Naoko Takeuchi anunciou novidades sobre Sailor Moon, no entanto, não seria uma continuação ou remake, mas algo novo em um terreno nunca antes explorado: o mundo lunar seria transportado para a realidade dos Live Actions.

Antes de mais nada, os Live Actions são uma produção com atores e cenários reais. No Japão, o gênero é muito popular, divididos em vários tipos como os tokusatsu, dorama, super sentai e por aí vai.

A estréia

A notícia de que Sailor Moon seria transformada em um Live Action gerou um frisson entre os fãs. Todos ficaram imaginando como seriam as Sailors no mundo real, segundo a visão da própria criadora. A produção foi observada de perto por ela que, em parceria com a Toei, não deixou passar nenhum detalhe de seu antigo sonho (sim, ela já havia mencionado antes que o seu sonho era ver as suas personagens em carne e osso na TV).

Em agosto de 2003, Naoko participou de uma coletiva de imprensa sobre a nova produção e apresentou as atrizes que fariam as cinco Sailor Senshi. E lá estavam elas, vestidas como marinheiras. A primeira impressão? Oh meu Deus! O que fizeram com as nossas amadas Sailors? Calma, choque inicial apenas… As roupas, assim como as perucas (com exceção da V-chan), ficaram ótimas, bem diferentes do projeto inicial dos musicais SeraMyu. Além disso, ela ainda confirmou o relançamento dos mangás, com novas capas e páginas coloridas e redesenhadas.

A nova cara das guerreiras

Sailor Moon estava finalmente de volta! E assim, no dia 04 de Outubro, Pretty Guardian Sailor Moon (trocaram Soldier para Guardian) estreou seu primeiro episódio no canal CBC/TBS.

O bom e o ruim da coisa

O enredo que conhecemos foi mantido, bem mais fiel ao mangá. Calma, não vamos contar nada aqui. Tsukino Usagi, uma garota de 14 anos, medrosa, chorona e preguiçosa, encontra Luna enquanto estava atrasada para ir à escola e é transformada em Sailor Moon, a guerreira do amor e da justiça. Até aí já estamos carecas de saber, mas a forma como “tudo” se desenvolveu foi bem inovador, revelador, e porque não “vergonhoso”? Vamos explicar.

O Live Action ganhou uma nova música de abertura, com uma batida mais atual, e que por acaso também foi escrita por Naoko, entitulada “Kirari*Sailor Dream!”. Logo no primeiro capítulo, vemos que Luna não é mais uma gatinha de verdade, mas sim um bichinho de pelúcia falante. Artemis também não escapou dessa. Às vezes, animações em CGI eram usadas para representá-los, outras eram feitas com os próprios brinquedinhos com diversas expressões faciais. Tosco, mas agradou.

Na hora da luta, as meninas faziam um ballet demasiado. Era pernoca pra lá, pirueta pra cá, rodopio acolá. Vergonha alheia, mas entendível, porque elas eram modelos, atrizes, não sabiam lutar e até pegar o ritmo custou e talvez esteja custando até hoje. Tosco, mas agradou [2].

O mais interessante, talvez, foi o desenvolvimento da personalidade de cada uma e o relacionamento criado entre as personagens, explorado mil vezes mais que em todas as versões anteriores. As dificuldades de Ami em ser mais comunicativa, os problemas de Rei com o seu pai, a solidão de Mako-chan, a vida dupla de Minako. Tudo convergindo para uma única estrela, Usagi-chan, inocente e atrapalhada.

Nem tudo foi repetição. Novos brilhos ganharam destaque como o aparecimento de Sailor Luna, Dark Mercury, a vilã Kuroki Mio, e o power up de Sailor Moon, Princess Sailor Moon.

Produtos e produções

Foram produzidos, ao todo, 49 atos, além de especiais e um musical comemorativo. Os especiais são:

Make-Up! Pretty Guardian Sailor Moon! – Um especial de meia hora com o making of da produção do seriado, a escolha das atrizes e toda a preparação para o início das gravações.

Special Act (Ato Especial) – Lançado em DVD, conta as preparações para o casamento de Usagi com Mamoru e como as outras Sailors estão após o fim da batalha contra o Dark Kingdom. Mas uma antiga ameaça reaparece e as guerreiras precisam lutar novamente.

Act Zero (Ato Zero) – Lançado em DVD, conta como Minako conhece Artemis e se transforma em Sailor V. Paralelamente, mostra Usagi antes de se tornar Sailor Moon. Além disso, o DVD possui mini-histórias focadas em Tuxedo Kamen, e uma delas mostra o surgimento do herói e uma transformação, digamos… Um pouco ousada =P (nú?)

Na onda das músicas cantadas pelas personagens, o seriado ainda teve dois especiais:

Super Dance Lessons – Neste especial, Sailor Luna, Sailor Moon e Sailor Jupiter dão aulas de dança e ensinam os passos de dança das músicas de PGSM!

Kirari Super Live! – Apresentado no dia 02 de maio de 2004 no Teatro Yomiuri Hall em Tóquio, esta apresentação foi feita especialmente para os ganhadores de um concurso. Na história, as Senshi tinham que evitar que os generais roubassem a energia da platéia e em meio a toda a movimentação dançavam e cantavam as músicas da série. Este especial foi lançado em DVD e contém como bônus os bastidores da apresentação.

Graças as adaptações para se adequar aos dias atuais, várias bugigangas foram feitas, como bonecas, celulares, kits de maquiagem, Luna e Artemis de pelúcia e vários brinquedos. Também foram lançados três OSTs, Singles CDs e DVDs.

Com o fim do Live Action, os fãs esperaram por uma continuação. Mas pelo tempo que já se passou e pelos novos acontecimentos dentro da série que remetem às outras fases, parece que será bem difícil de acontecer… Mas não custa sonhar!